quinta-feira, 13 de novembro de 2008

PACTO PELA PAZ MARCA A HISTÓRIA


Foi realizado no dia 12/11/2008 o "PACTO PELA PAZ". Um momento litúrgico que ficará gravado na história da região. Uma verdadeira simetria e liberdade de expressão marcaram o evento que contou com palestrantes renomados como, Arturo Guerrero Ramirez, jornalista Colombiano, o Tenente-Coronel Luiz Rogério de Andrade da Polícia Militar de Minas Gerais e o Jornalista Marcos Rolim. Arturo nos trouxe uma realidade da cidade de Bogotá/Colômbia que, de forma integrada, diminuiu as lacunas entre as castas sociais e com isto, a redução de índices de criminalidade violenta. O Tenente-Coronel Luiz Rogério demonstrou como a Polícia Militar de Minas Gerais tem trabalhado ratificada na pesquisa, na cientificidade, na produção de conhecimento e no monitoramento do desempenho. Marcos Rolim encerrou a noite com uma brilhante explanação a respeito da importância da mídia no processo de diminuição do medo do crime. Elogiou a Polícia Militar de Minas Gerais onde afirmou se tratar de uma da mais preparadas do país. Várias autoridades se fizeram presentes, bem como jornalistas e estudantes do triângulo mineiro.







3 comentários:

Anônimo disse...

Quem sabe investir em armas seguras e atuais, nao deixaria a familiar destes dois policiais em paz. Eles poderiam passar sem essa mancha na historia de suas vidas.

Vejam o trecho abaixo do jornalista Carlos Paiva

Duas tragédias
Eu conhecia o cidadão Lúcio Max dos Santos Alves, ou cabo PM Max, como era chamado pelos colegas de farda. E posso afirmar que morreu de forma trágica, mas prestando serviço ao povo de Uberaba e fazendo o que realmente mais gostava. Nem por isso deixa de ser uma tragédia. Aliás, duas tragédias. Não podemos esquecer do cabo PM Santana, militar que além de companheiro era amigo de Max, e que na ânsia de cumprir com seu dever cometeu um erro que culminou no acidente, gerando assim duas tragédias. Talvez seja o cabo PM Santana o mais prejudicado. Já começou a pagar uma pena imposta por sua própria consciência. E acredite: esta é a pior penalidade e nem sempre é justa. Essa nos consome e nos persegue. Não tem como fugir. E quase sempre é muito mais severa do que deveria, como acredito ser o caso. E o que é pior: é uma espécie de pena perpétua. O PM Santana errou ao não manusear de acordo com as técnicas de segurança a submetralhadora, mas não matou dolosamente. E como já disse, é sim mais uma vítima. Uma vítima que precisa dos parentes, amigos e companheiros. Está vivo e jamais vai esquecer o que aconteceu no início da sexta-feira (14). Já o cabo PM Max, Fernando Pessoa explica muito bem: “Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada”.

A lição
Temos que tirar lição mesmo das tragédias. E é isso que vou tentar fazer. Vou mostrar ao leitor que, apesar do erro involuntário do cabo PM Santana, o armamento também tem suas deficiências e já deveria ter sido recolhido pelo Estado. A submetralhadora é uma sucata e as condições da operação também não eram satisfatórias. Mas é necessário que eu descreva com detalhes o que assisti no final da noite de quinta e início da sexta-feira. Deixo claro que, como de costume, não me contaram, infelizmente, testemunhei. É isso que vou tentar descrever.

O cerco e bloqueio
Eram aproximadamente 23h55 quando este colunista foi acionado por uma fonte informando de um cerco na BR-262 cujo objetivo era prender quadrilha que vem aterrorizando o Triângulo Mineiro com assaltos regados a muita covardia. Além de pararem os ônibus a bala, como aconteceu recentemente, quando acertaram 180 tiros de pistola e fuzil no pára-brisa, torturam e roubam os passageiros. Existem suspeitas de que na quadrilha tenham policiais mineiros que conhecem as estradas vicinais da região. Antes de sair, chequei a informação com uma fonte na Polícia Rodoviária Federal. E foi confirmado, um ônibus da Nacional Expresso foi abordado na BR-153, próximo a Campina Verde, por três homens fortemente armados, que fugiram em um veículo sedã de cor escura. Um deles usa aparelho nos dentes. Depois de abordarem, assaltaram os passageiros e saíram em alta velocidade. Ninguém sabe dizer com precisão se realmente estavam vindo para Uberaba pela BR-262. Mas a notícia que chegou ao Centro de Operações da Polícia Militar era a de que os assaltantes estavam vindo para Uberaba. Daí a operação de cerco e bloqueio que minha fonte havia dito.
As dificuldades
Mesmo sem ter a certeza de que os assaltantes estavam vindo para Uberaba, os militares saíram para o cerco, afinal, é melhor prevenir do que remediar. Não posso esquecer que prevenção é função constitucional da Polícia Militar. O que vi nas ruas da cidade foi uma loucura. Viaturas da PM se deslocavam em alta velocidade com sirene e giroflex ligados. Estavam dispostos a prender os assaltantes e assim nos livrar de tais bandidos. Percebi nas ruas e avenidas que dão acesso à BR-262 e BR-050 carros da PM que montaram verdadeiras barricadas. Também foram feitos bloqueios na BR-262. Estava tudo perfeito. Se os assaltantes viessem pela citada rodovia, como era o esperado, não tenho dúvidas de que seriam presos. Mas com toda essa movimentação repentina, agravada pelo fato de que os assaltantes são perigosos e armados de pistola e fuzis, e em grande número, é impossível não estressar. Imagine um PM tenso pelo trajeto, preocupado com o fato de que vai encontrar bandidos bem armados e dispostos a matar para não morrer, tendo de desembarcar da viatura rapidamente, engatilhar uma submetralhadora e pistolas no escuro e se colocar em posição de observação. Isso tem de ser feito em segundos. Não dá tempo de pensar. Um deslize e os criminosos podem passar sem serem vistos e surpreender a guarnição logo à frente. É aí que quero chegar. A viatura dos cabos PMs Max e Santana tinha também a função de observadora. Eles eram os primeiros a abordar os meliantes. O que significa mais responsabilidade e mais tensão. Não estou fazendo a defesa de ninguém, mas conheço a rotina e não posso me furtar da verdade.

Homens também choram
Já por volta dos 20 minutos da sexta-feira fui informado de que um militar havia sido baleado na BR-262. Não sabia ainda que era acidental. Mas segui para o Pronto-Socorro da UFTM. Lá encontrei médicos e enfermeiros à espera do militar ferido. Foi questão de segundos para ver viaturas da PM chegarem e na carroceria de uma delas estava o cabo PM Max. Através de um médico plantonista fui informado de que sua morte era certa. Assisti a vários policiais aos prantos. Mas um deles me chamou a atenção: o cabo Santana. Enquanto os colegas carregavam Max, ele chorava num canto. Em dado momento chegou a empunhar sua pistola. Notei que queria pôr fim à sua vida. Por sorte um militar também notou a mesma coisa e o abraçou. Em seguida retirou de seu coldre a pistola.

Armamento errado
Santana já estava se penalizando. Não por ter errado num procedimento de segurança e acertado seu companheiro com um projétil de 9mm sem destino. Mas sim por não poder ajudar o amigo num acidente de trabalho. Ali me dei por “satisfeito” e segui meu destino. Antes de concluir também não posso me furtar de minha experiência com arma de fogo. Conheço e já trabalhei no Exército com submetralhadoras. E sei o quanto é difícil manuseá-las. Iluminação e espaço são fundamentais. E mais importante: calma, muita calma. É uma arma antiga e que dispara com muita facilidade. Chega a ser inacreditável o Estado ainda manter esse tipo de submetralhadora para ações rápidas e em locais adversos, como é o caso da PM. Ou seja, arma errada em mãos erradas e em situações erradas. Basta lembrar que só neste mês, com o cabo Max, três militares de Minas Gerais foram vítimas de acidente com o mesmo tipo de submetralhadora. No último dia 21, no interior da 31ª Companhia de PM em Juiz de Fora (MG), o sargento José Alfredo Gregório fazia inspeção de rotina em uma submetralhadora quando a arma disparou acidentalmente e atingiu dois policiais: os cabos PM Gilmar Fonseca e Adalberto Saraiva. O primeiro atingido na costela e o segundo na cabeça. Os dois morreram.

Anônimo disse...

Analisar o fato é sempre muito fácil. Dificil é operar o estado de flagrância! É degustar do sentimento da perda de companheiros com muita efusividade. Ninguém pode retratar o que é defender a vida mesmo com o sacrificio da própria. É bem verdade que algumas armas detém dificuldade no seu manuseio, mas, policiais militares, diuturnamente, defendem com galhardia a vida de nossos munícipes. Se faz necessária uma reflexão por parte de todos a respeito de uma das profissões mais nobres que existem. Bloquear uma via, na tentativa de proteger sua cidade e restaurar a ordem, não é uma tarefa das mais simples. Muitas profissões permitem tropeços. A de policial militar não! Infelizmente! Toda a corporação chora a perda de um amigo, todavia, sempre estará a postos para defender à sociedade com tal sacrificio. Minha fala não se embasa no romantismo adotado por alguns, mas, na certeza de que Max se encontra com Anjos de DEUS neste momento. Fez o melhor que pôde. Santana, ótimo profissional, será amparado por todos, familiares que extrapolam as fronteiras da própria farda. É momento de luto, sim! Mas não de diagnósticos ratificados na imperícia.

Anônimo disse...

colocar camaras de vigilancia na br 262 para evitar assaltos e acompanhar veículos roubados e etc...solicitar auxilio do exército para combater a criminalidade, solicitar auxilio do governo americano, para que soldados novos do brasil possam fazer curso lá, por exemplo, turmas de soldados durante trinta anos, até abrir uma escola semelhante aqui, para que se possa aprender realmente a combater a impunidade.